segunda-feira, 6 de julho de 2009

Tudo novo, de novo!

Apesar de tudo, é incrível a generosidade com que a vida trata a gente. Já imaginou se nós só tivéssemos uma chance de fazermos as coisas certas? Se nós só pudessemos desistir de tudo uma única vez? Temos sorte de não ser assim. A vida cobra um preço pelos nossos erros, é claro. Por cada vez que ficamos desistidos, sem forças, sem vontade. Mas, ainda assim, é sempre possível retomar o controle da situação.

Eu aprendi lições impagáveis nesse último mês. Foi o mês que eu decidi deixar a vida correr, decidi abrir mão de tudo, decidi contar com a sorte. Tirei férias do trabalho e não fiz nada a não ser dormir e ver tv. Claro, se eu pudesse voltar atrás, teria escolhido diferente: passaria um mês com a Érica em Sampa, sainda pra baladas de quarta a domingo, todos os dias. Teria sido mais fácil pra liberar meu coração.

Foram dias difíceis, mas, graças a Deus, a maior parte já passou.

Eu aprendi que sábado à noite pode ser bem divertido, mesmo regado por coisas simples da vida. Balada, Rave, Boi, ou o que for, pode até ser legal, mas nada paga uma noite de sábado regada a Uno, filmes, conversas com os melhores amigos...

Comprovei mais uma vez que amores passam pelas nossas vidas. Amizades ficam.

Descobri que você pode passar um dia inteiro com R$10,00 no bolso e fazer desse dia excelente. É claro, você terá que trocar o rodízio de sushi por um churrasquinho de gato, mas quer saber? Quem não gosta de churrasquinho de gato??! =D

Aprendi - e adorei ter aprendido isso! - que quando você ama uma pessoa, não é feio tentar de tudo pra dar certo com ela. Não é humilhante tentar se adaptar, correr atrás, se declarar. Se der certo, vocês terão outra chance de ser felizes. Se não der, você pelo menos saberá que fez tudo que pode pra que desse.


Enfim,
um mês se passou, e cá estou eu, na minha mesa de trabalho, com uma tapioquinha delíciosa de tucumã e queijo piscando pra mim! O coração continua com aquele vazio típico de quem ama e sabe que não daria certo, mas tenho fé que, como sempre, o trabalho se encarregará de ocupar esse vazio!





Ao trabalho, então.

quarta-feira, 1 de julho de 2009

Conversei com ela ontem durante toda a madrugada. Foi uma conversa franca e necessária, onde descobri coisas que não imaginava.
Ouvi por exemplo que foi se espelhando em mim que ela conseguiu mudar, evoluir, amadurecer.

Eu fui cobrado. Ora, onde está o cara que não se deixa abater por nenhuma situação? O cara que nunca pára pra dar vez à dor? O cara racional que nunca deixa que nada atrase seus objetivos?!

Ouvi tudo calado. No máximo, consenti com a cabeça e chorei. Ela tinha total razão: eu me deixei levar pela emoção de tal forma que mal me reconhecia nas minhas próprias atitudes. O cara racional deixou a razão completamente de lado e escolheu entregar-se à emoção.

Não que tenha sido ruim, a questão não é essa. Foi bom demais. Tão bom que tornou-se impossível de apagar, como eu costumava fazer. Tão bom que eu achava que valeria tudo, qualquer esforço, qualquer mudança. Tão bom que eu achava que nada poderia ser mais forte que o sentimento.

Eu sei, isso é um papo romântico batido, né? Mas quando a gente ama acredita mesmo nessas coisas, acredita que o amor pode superar todas as diferenças.

Ontem eu voltei a mim, graças a Deus. Não valeria à pena deixar minha vózinha preocupada, minha mãe e meu pai sem dormir por uma questão que só eu poderia resolver. Eu enxergava uma solução tão simples: nós conversaríamos, descobriríamos que nosso amor era mais forte e tentaríamos mudar tudo que fosse possível, já que o impossível, até então, era ficamos longe um do outro. Não foi o que aconteceu... a solução não era tão simples assim...
Só um lado estava disposto a mudar tudo que fosse preciso e seguir em frente pelo amor. Só um lado se sentia incapaz de viver sem o outro. Só um lado chorava a perda. Só um lado perdia noites de sono.

Depois que percebi que eu não poderia esperar sozinho que um relacionamento de DUAS pessoas melhorasse, voltei a ser quem eu sempre fui. Fiz coisas simples que me fizeram voltar à infância... Fui ao shopping com minha mãe e irmã só pra bater perna, conversar, rir um pouco. Saí com amigos, tomamos sorvete, jogamos UNO... tudo isso me fez tão bem!

Amores vêm e vão. Sempre foi assim e sempre será. Se não é pra ser, não vai ser.
Pra que tanto desespero?!





Apesar de tudo, a vida é tão generosa! ;)

terça-feira, 30 de junho de 2009

Ele sempre trabalhou tanto, sempre foi tão esforçado. Faculdade, trabalho, família, amigos... a verdade é que ele sempre deu o máximo de si pra tudo, e sabia que todos o viam desta maneira.

De repente, de uma hora pra outra, um amor o tomou de surpresa... Ele se via numa situação absolutamente nova: ter de mudar por alguém. Logo ele, sempre tão decidido, tão forte, tão racional e genioso...

Era um relacionamento agradável, isso ele sempre soube reconhecer, embora aquelas briguinhas sempre pelos mesmos motivos o tirassem do sério. Quando tudo terminou de vez, e a situação ficou nitidamente insustentável, tudo que ele mais queria era sumir. Não é só modo de falar. Ele desejava com todas as suas forças desaparecer, ou, ainda melhor, ele queria nunca ter existido. Desejava profundamente nunca ter conhecido o que era o amor. Na verdade, criou nojo do amor. Chegava a rezar em voz alta às noites, implorando a Deus que Ele arrancasse aquilo de dentro dele.

Decidiu então fazer birra com a Vida. Achava que ele tinha direito - depois de tantos anos de esforço - de sofrer até a hora que ele achasse necessário. Parou de trabalhar. Ele simplesmente não tinha cabeça pra isso. Parou também de cultivar as amizades, de sair. Seria forçar uma alegria inexistente. Começou a comer menos. O apetite simplesmente desaparecera... Continuou a fazer birra com a Vida por algum tempo, enquanto curtia cada minutinho de sua dor.


Só muito tempo depois a Vida começou a responder à altura. É claro. Se ele podia fazer birra com a vida, porque ela não revidaria?! Só porque ele se considerava digno e esforçado diante dela?

Perdeu peso, perdeu amigos, perdeu empregos. Sonhos ficaram embaçados. Energia de viver diminuia a cada dia... E o amor?! Esse não teve consideração nem mesmo de enterrar o que sobrou daquele coração. Também, quem mandou achar que podia parar a Vida por um motivo tão bobo?!

"Cada um que conviva com seus problemas", disse a Vida. "Haja o que houver, nada no mundo pára pra que você possa consertá-los."



...

O que há de errado?

Por que nós nunca estamos felizes?



O menino iraquiano, subnutrido e amedrontado daria tudo pra viver a minha vida. Mas uma vez que ele a estivesse vivendo, logo enjoaria dela, e sonharia com a vida de alguém mais afortunado.

A gente se engana dizendo que tudo que se quer é uma casinha ventilada, e com um pouco de conforto pra criar os filhos e ver a família almoçar feliz. Mentira. O que a gente quer mesmo é tudo aquilo que não temos hoje.

A gente vive dizendo que quer viver um grande amor, e que amar e ser amado é mais que suficiente. Mentira. A pessoa tem que ser bonita, inteligente, ter boa família, ter bom emprego, ter formação acadêmica, ter carro, ter fala mansa, temperamento perfeito, ser um pouco mais caseira, ou um pouco mais baladeira... O ideal mesmo seria que ela fosse um pouco mais magra, ou um pouquinho mais gorda, ou quem sabe tivesse uma voz mais suave, ou os pés mais macios...

É triste saber que nós somos assim. Somos a raça mais exigente do universo, e, muito provavelmente, a menos satisfeita.




Só me resta esperar...
então que seja!

quinta-feira, 21 de maio de 2009


não há verdades absolutas/

Eu sempre cultivei valores humanos muito fortes, e que pra mim são essenciais a qualquer pessoa do bem. São valores familiares, como respeito, ética, verdade, fidelidade, e por aí vai... O lado negativo é que eu me tornei um tanto intolerante em relação a qualquer idéia que possa ser diferente da minha. Não é à toa que volta e meia ouço da minha mãe ou de amigos algo do tipo: "Não existem verdades absolutas! A vida ensina..", e por aí vai...

Quem me conhece um pouco mais a fundo sabe que uma das minhas características mais fortes é a racionalidade - ou pelo menos era até pouquíssimo tempo atrás. Se eu percebesse você - apesar de gente boa, inteligente, apaixonada por mim, e tudo o mais - pensava diferente de mim sobre algumas questões, ou até gostasse de coisas que não se pareciam comigo, isso seria motivo suficiente pra me desencantar.

Pois é...
'Não existem verdades absolutas'... Acho que Deus, só de birra, decidiu me ensinar isso. Cada um é cada um, e portanto, temos gostos diferentes, temperamentos diferentes, pensamentos diferentes...
Na verdade, acho que estão querendo me desmoralizar! HAHA. Por cada vez que eu disse: 'EU ODEIO', tô recebendo meu troco... - e tô adorando. hahah

'Vamos embora daqui! Eu odeio boi!'
'Acho um absurdo uma nação inteira parar por uma semana em prol do Carnaval!'
'Não tenho interesse algum em conhecer doutrinas espíritas'


QUER SABER QUAL É A REAL?
- Eu nunca torci por nenhum bumbá... mas tô louco pra ver o Garantido ganhar tudo que vier pela frente, só porque você gosta e isso vai te arrancar bons risos//
- Eu odeio fuzuê, mas não vejo a hora de te acompanhar sambódromo abaixo//
- Troco qualquer balada de sampa por uma noite de cineminha, por mais que o filme seja algo como 'Homem de Ferro'..






so let it be.

segunda-feira, 27 de abril de 2009

Vai uma dose?

Acredito que, como tudo na vida, Egoísmo - uma palavra mais curta para Egocentrismo - pode ter seu lado bom. É só questão de saber medir, equilibrar os pesos, e ter cuidado para não exagerar na dose.

O mal da maioria das pessoas é exatamente esse: Vivem muito em prol de terceiros. Estão sempre ocupados demais em esperar a 'pessoa certa', ou, se acreditam que essa pessoa já apareceu, perdem muito tempo tentando agradá-la, mimá-la, viver pra ela.

Eu, pessoalmente, não posso negar. Espero mesmo que o amor chegue pra mim da forma mais forte que eu jamais tenha visto. Mas eu digo ESPERO no sentido de TORÇO, só isso! Não fico esperando, quietinho, vivendo ilusões criadas por mim mesmo.

O mesmo se aplica às amizades. Eu tenho amigos sem os quais é difícil imaginar minha vida hoje, e eles sabem disso. Eu declaro isso sempre que possível. Quem é meu amigo, sabe o quanto é amado por mim, o quanto eu sinto falta, o quanto eu quero vê-lo alcançando seus sonhos, etc.

Nesse quesito, aliás, devo dizer que tenho muita sorte.. Tenhos amigos. E eles me têm! heheh

Mas, se é assim, onde entra a dose de egoísmo?

Eu corro atrás da minha vida, independente de qualquer coisa. Acho que as pessoas rendem muito mais dessa maneira! Estudam mais, trabalham mais, produzem mais...

Não sou muito fã da idéia de juntar os trapos, por exemplo. Meus trampos são MEUS trapos, e teus trapos são teus, ora bolas!

Há quem discorde da tese. Mas, em síntase, ela tem dado muito certo. HAHA/


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